quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Golf e o IVA a 6%

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2011

Parece que muita alma lusitana ficou muito perturbada com o IVA para o Golf a 6%. Pois direi que eu ficaria muito perturbado com a passagem do IVA para o Golf a 23%. O raciocínio é simples. O Golf significa para Portugal “exportações” algo de que precisamos como pão para a boca. Como tal há que tratar o assunto com muito jeitinho, aconchegando-o à nossa realidade de país economicamente pobre e que se julga mais do que aquilo que é (mais uma vez, em termos económicos).

O turismo é uma das nossas poucas tábuas de salvação, e dadas muitas circunstâncias de que agora me abstenho de enumerar tenderá a sê-lo ainda mais. O Golf é um excelente complemento do turismo de praia pois é praticado durante todo o ano e especialmente fora do período de Verão (pelo menos em termos de turistas estrangeiros). Por isso em muito pode complementar e potenciar muito investimento já feito.

Há um ponto que é necessário esclarecer. Entre nó o Golf é considerado um desporto para ricos, ou pelo menos para os mais abonados. Isso é verdade, mas em nada subtrai a necessidade anteriormente subscrita. Os nacionais, os tais ricos que tanto atormentam tanta esquerda “bem pensante”, representam somente uns 80% ou 85% das “voltas” de Golf. A grande fatia vem de fora. E desengane-se quem pensa que todos esses estrangeiros são todos uns ricalhaços ociosos que a esquerda se deliciaria a taxar. Longe disso. Ao contrário do que se passa nacionalmente, além fronteiras o Golf é coisa muito democratizada. Entre eles, e já com vasta experiência por Portugal, encontra-se Patrick, simpático taxista Irlandês de Cork a quem diferenciais de IVA pode influenciar na escolha do destino. E como ele, há muitos mais.

Poder-me-ão dizer que pelas Alemanhas e Suécias o IVA do Golf está nos píncaros. Pois é, mas esses já exportam outras coisas e entretêm-se com excedentes, por isso podem-se dar ao luxo de taxar o Golf à taxa máxima se assim o entenderem e se isso sossegar os indispostos do costume. Mas perante o nosso quadro económico-financeiro não temos essa liberdade algo pífia. Por isso há que domar instintos injustificados e submetê-los à voz da razão, coisa rara na Lusitânia. E já agora aproveite-se para evitar manifestações de inveja ao invocar sempre o nome do Sr. Balsemão.

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