terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Será que em 2012 vamos tratar do absurdo das rendas?

Um dos assuntos mais nauseabundos existentes em Portugal respeita esse absurdo de rendas ao nível de 12 e 100 euros. Entra pelos olhos de todos, mesmo os mais distraídos, que isso é o maior disparate, a coisa mais disfuncional, mais tonta e ridícula que Portugal produziu. Há que arrumar esta situação urgentemente. É uma questão de justiça elementar todos pagarem os preços de mercado. Quando isso acontecer o nosso parque habitacional será cuidado e devidamente mantido, colocam-se todos os cidadãos sobre uma mesma plataforma, estimula-se naturalmente o nosso património arquitectónico, baixarão os valores das rendas por se “despejarem” muitas mais casas no mercado (colocar na rua num curto prazo os inquilinos incumpridores também ajuda), e estimulará o sector da reparação e manutenção de imóveis.

Fala-se em demasia dos coitadinhos dos inquilinos. Ora o que os inquilinos têm que perceber é que tiveram uma sorte dos diabos em terem vivido grande parte da sua vida pagando o que pagaram de renda. Hipotéticos traumas de “eu sempre vivi aqui” são um mal infinitamente inferior ao mal em vigor. Por isso basta de abuso. E mais, estes actuais inquilinos são muitas das vezes aqueles que recebem pensões muito mais altas quando comparadas com aquelas que a geração mais nova irá usufruir para um mesmo montante de desconto e anos de desconto. E já nem vou à questão que ocupam por direito adquirido “empregos” tapando literalmente a passagem aos outros.

O nível de meritocracia em vigor num país é o melhor aferidor do nível de desenvolvimento do mesmo. Remover estas distorções absurdas é crucial para criar uma sociedade mais meritocrata. O tempo da inércia e do deixa andar já acabou. O jogo, como se está agora a ver, afinal é a doer. Por isso há que agir com muita rapidez. Será que em 2012 vamos tratar deste assunto?

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