sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quem esteve pior? O Sr. Cavaco Silva, ou o absurdo da não acumulação de pensão com ordenado?

Estará o nosso Presidente em bom estado? O que é que importa aos Portugueses se o que o Presidente ganha lhe cobre as despesas ou não. Ninguém tem que ver com as despesas que cada um faz ou deixa de fazer, conquanto, obviamente, o despesista não esteja sobre endividado e/ou com problemas de solvência. Por isso afirmo que qualquer cidadão no seu perfeito estado de sanidade mental se está rigorosamente nas tintas para o orçamento privado do Sr. Cavaco Silva.

Mas acima de tudo, tudo está mal feito. Senão vejamos. O Sr. Cavaco Silva trabalhou e descontou durante a sua vida enquanto trabalhador do Banco de Portugal, professor universitário, e como Primeiro-Ministro. Como qualquer outro Português que o tenha feito e chegado à idade da reforma, tem todo o direito de passar a receber uma pensão. A pensão mais não é do que o resultado dos cálculos do que uma pessoa descontou, do número de anos de desconto, da idade com que se reforma, e da regra de cálculo em vigor. Poder-se-á questionar, e talvez com alguma veemência, sobre a questão de acumulações, já que consta que há por aí muita sabujice com indevida cobertura legal. Mas isso pertence a outro rosário.

Agora porque diabo é que uma pessoa no exercício de um cargo público tem que optar por receber, ou a pensão a que tem direito, ou o salário como retribuição do seu trabalho? Está bem de ver que a situação é ridícula, como aliás a realidade agora vem atestar. Temos um Presidente a trabalhar de borla, o que é um péssimo sinal passado para a sociedade. O trabalho é algo que deve ser remunerado. É uma questão de princípio. Parece que vai continuando a fazer doutrina não valorizar o trabalho.

Será que é difícil perceber o quão absurdo é tudo isto.

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