terça-feira, 30 de julho de 2013

A fuga de cérebros

A fuga de cérebros é excelente para o país. A emigração de jovens qualificados, provocada pelo sufoco da economia portuguesa, onde as oportunidades escasseiam e as condições salariais são magras, é cada vez mais uma realidade. Noutros tempos o perfil era diferente: quem fazia as malas era tipicamente gente com pouca educação, pessoas humildes, fechadas em comunidades pequenas, sem ambição. Os novos emigrantes possuem, no entanto, certas qualidades que os antigos não tinham e é nessas qualidades que reside a base do que vai ser Portugal amanhã. Ter os melhores portugueses a viver e a trabalhar fora de portas é ter melhores embaixadores de Portugal no mundo. É criar uma imagem nova para o país, é atrair turismo e investimento. E mais que isso: ter uma rede de portugueses com valor no mundo é a base para o impulso de um país que precisa inevitavelmente de exportar.

A partir de 1974 criou-se a sensação que a população precisava de carinho e por isso pediram-se sucessivos empréstimos e investiu-se em obras públicas. Construímos auto-estradas para irmos de férias, centros comerciais para os fins-de-semana, pontes e linhas de ferro, rotundas, muitíssimas rotundas, e estádios de futebol. Investimos dinheiro que não tínhamos em projectos sem retorno. Até que em 2008, com a crise internacional, a bolha rebentou. E agora somos governados por políticos verdadeiramente pitorescos que se gastam em esforços quase inócuos para pagar a dívida à custa da população. E assim sendo a solução possível para a nossa economia só pode partir da iniciativa privada.

A exportação tem que ser o desígnio nacional, mas ao contrário da tradição portuguesa desta vez não podemos fazer tudo em cima do joelho. É preciso uma estratégia. A agricultura é a minha sugestão. Se pensarmos um bocadinho percebemos que não podemos competir em custos produtivos, mas temos sérias vantagens competitivas na capacidade de diferenciação. Temos um clima invejável, uma exposição solar única, uma zona marítima maior que ninguém, rios limpos, todo o tipo de solos e muitos anos de experiência. E esta é uma estratégia que faz especial sentido agora, num momento em que o consumidor está cada vez mais consciente e por isso disposto a pagar um extra pela qualidade e origem dos produtos.

Chegou o momento de criar marcas fortes e começar a vender pão, vinho, azeite, queijo, fruta, doces, peixe, legumes – toda a nossa gastronomia. Há milhares de restaurantes chineses no mundo, milhares de trattorias, bares de tapas, bistrôs, etc. Agora é a nossa vez. Sempre houve gente com boa capacidade para ficar em casa a produzir os melhores produtos daquém e dalém mar. Agora, com a fuga de cérebros, vamos finalmente ter quem os venda. A crise não vai passar tão cedo, mas vai passar. Acredito nisso.

Um comentário:

Unknown disse...

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