Quando vivi na Holanda perto da zona de Nijmegen e Roermond tive a oportunidade de visitar muitas outras cidades circundantes. Mas por uma qualquer razão misteriosa acabei por nunca visitar Arnhem, ainda que vários Holandeses a sugerissem pelo seu significado histórico. E de cada vez que mudava de comboio em Arnhem vindo de Amsterdão comentava sempre que ainda não conhecia esta cidade, tendo então a sensação que a mesma estivesse sempre longe demais quando geograficamente estava a umas escassas dezenas de quilómetros.
Durante a 2ª Guerra Mundial Arnhem teve um protagonismo muito importante aquando da ofensiva Aliada de 1944. Ditava a estratégia militar da altura que após o desembarque da Normandia a ponte de Arnhem era um objectivo muito importante para o avanço das tropas sobre a Alemanha Nazi. Parte da acção ao assalto a Arnhem passava pelo lançamento de para-quedistas. Infelizmente, a realidade veio provar que o local onde os para-quedistas caíram foi longe demais da ponte, facto imortalizado pelo filme de 1977 com o nome “Uma ponte longe de mais”. Especula-se que este facto poderá ter atrasado o final da guerra por um par de meses.
Durante a 2ª Guerra Mundial Arnhem teve um protagonismo muito importante aquando da ofensiva Aliada de 1944. Ditava a estratégia militar da altura que após o desembarque da Normandia a ponte de Arnhem era um objectivo muito importante para o avanço das tropas sobre a Alemanha Nazi. Parte da acção ao assalto a Arnhem passava pelo lançamento de para-quedistas. Infelizmente, a realidade veio provar que o local onde os para-quedistas caíram foi longe demais da ponte, facto imortalizado pelo filme de 1977 com o nome “Uma ponte longe de mais”. Especula-se que este facto poderá ter atrasado o final da guerra por um par de meses.
Talvez por uma coincidência, ou talvez não, Arnhem talvez pareça estar sempre longe de mais, não só fisicamente, mas também na ideia. Passo a explicar. Para meu espanto, e de todo o grupo com que me encontrava, deparámo-nos com um invulgar sinal de trânsito num parqueamento automóvel defronte de um hotel que dizia “Woman only”. De imediato procurávamos conjuntamente explicações que terão conduzido a tão curiosa sinalética. Vozes mais sensíveis avançavam que deveriam ser espaços para grávidas, mas a ausência de uma figura feminina de barriga saliente em nada corroborava a ideia. Outros, mais maliciosos, mediam o espaço reservado às senhoras na secreta esperança que o mesmo fosse mais largo que o reservado a todos os outros automobilistas, mensurações que acabaram por não suportar o pérfido raciocínio. Outros ainda opinavam que a Holanda na sua fúria de estar um passo à frente respeitante aos melhores standards civilizacionais encontrava neste meio uma forma superior de manifestar a sua atitude de alta deferência face ao género.
Por exclusão de partes, e por falta de imaginação que o adiantar da hora explicava, acabou o grupo por se refugiar nesta última possibilidade, havendo também concordância geral que Arnhem fosse longe demais. Tal e qual como em 1944 e quando por lá vivi.
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