segunda-feira, 12 de março de 2012

As boas notícias continuam

Segundo o jornal Público

De acordo com os dados do comércio internacional, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações portuguesas cresceram 13,1% no primeiro mês do ano, quando comparado com igual período de 2011.

No final de 2011, as vendas ao exterior tinham desacelerado de forma significativa, sobretudo no último mês, em que cresceram apenas 4,4%, o valor mais baixo em mais de um ano.

Os dados hoje divulgados pelo INE mostram que esta tendência de abrandamento atenuou-se, pelo menos no primeiro mês de 2012. O crescimento das vendas foi particularmente forte para os países fora da União Europeia (UE), que compraram mais 37,9% dos bens nacionais do que em igual período do ano passado.

Já as exportações para o espaço comunitário aumentaram 5,9% em termos homólogos, um resultado melhor do que a contracção de 1,1% registada em Outubro, mas, ainda assim, abaixo do crescimento de dois dígitos que as vendas para os países da UE registaram durante praticamente todo o ano passado.

Quanto às importações, cresceram apenas 3,8% em Janeiro, em termos homólogos, em linha com a desaceleração e até com a queda que tinha sido registada durante boa parte de 2011.

Olhando para os dados do último trimestre (Novembro a Janeiro), as exportações aumentaram 10,9% e as importações caíram 7%, o que, segundo o INE, permitiu um desagravamento do défice da balança comercial de 2,07 mil milhões de euros. O saldo é, agora, de -3,08 mil milhões de euros.

Direi que isto são excelentes notícias. A economia caminha no sentido correcto pois o ajustamento está-se a verificar. É extraordinário como o governo não distingue a questão do que se produz em Portugal visto numa óptica exportadora e não faz disso bandeira e tão pouco aproveita para explicar aos Portugueses que exportar muito mais do que importar deve ser o objectivo. Esta é a questão fulcral de todo o nosso problema, o total desiquilíbrio macro-económico em que caímos. Os bons resultados em curso fazem-me acreditar que a nossa economia vai dar a volta por cima.

E mais uma vez realço, sente-se mais a afluência de uma economia que cresce torta por via do consumo interno e endividamento do que uma economia que cresce por via das exportações. O nível de actividade das fábricas e produtores de serviços exportadores é muito menos visível do que uma qualquer proliferação de stands automóveis, construção (seja pública ou privada), shopping centers etc. Quanto mais não seja porque a ideia de consumo leva a uma embriaguez enganadora.

Um comentário:

P. Gomes disse...

Pois é, meu caro. Essa linha dos dados do INE é boa.
A como terá sido contabilizado o kilo de massa cinzenta exportado?
Abraço
P. Gomes

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