sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

EDP e REN

O Estado Português decidiu pela venda de participações significativas na EDP e REN. Fê-lo no intuito de encaixe financeiro decorrente do acordo com a Troika. E fê-lo bem, a um preço muito superior ao preço de mercado. Mas acima de tudo escolheu bem os parceiros. A China, pela importância que vai tendo no mundo, é um parceiro com quem é conveniente aprofundar relações. Por outro lado é um parceiro (é assim que a China deverá ser considerada) não Europeu, o que por si reforça a nossa vocação global e simultaneamente diminui a nossa dependência europeia.

Como já tenho defendido a Globalização deve ser considerada uma vantagem de Portugal comparativamente à grande maioria dos países. Está no nosso código genético a facilidade de relação com o outro independente da sua origem, facto que provavelmente poderá ser imputado à nossa história. Não vejo ninguém melhor que o Português para potenciar o fluir de relações de interesse entre Chineses, Angolanos, Brasileiros, e quem mais se dignar juntar ao grupo. Ou será que para relações de partenariado económico alguém ousará propor, nesta sui generis comparação, um Suiço, Finlandês, Alemão, ou Francês como melhor pivot para colocar o grupo a valsar a bom ritmo?

Há um outro ponto muito importante em toda esta questão: o acesso ao mercado Chinês. Não necessariamente para a própria EDP e REN, mas acima de tudo para todo o nosso sector exportador, que como se sabe vai ser o nosso barómetro económico. Seria uma óptima diversificação do destino das nossas exportações. Oxalá os nossos responsáveis políticos saibam potenciar esta aproximação.

Nota: não esquecer que a Omã Oil ficou também com 15% da REN. Melhor não poderia ser. Valsemos com árabes também.

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