SEGUNDA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 2010
Consta que os Chineses pretendem entrar no capital do BCP e que os Angolanos pretendem elevar a sua participação de 10% para 20% do capital. Não posso deixar de manifestar o meu contentamento pelo facto, a saber:
1. Entrada de accionistas com poder económico e financeiro o que servirá para dar ainda maior solidez à nossa banca. Isso traduzir-se-á em maior facilidade na obtenção de crédito nos mercados internacionais, não no sentido de o expandir, mas no intuito de o renovar em condições mais favoráveis enquanto procedemos à lenta e longa, mas necessária, operação de pagamento da nossa dívida externa.
2. Participação directa de Portugal em operações globais em pleno estado de crescimento acentuado. Isto mais não é do que consolidar a nossa posição nesta Globalização em que o mundo se vê cada vez mais envolvido. Reforço a ideia de que a Globalização é o ambiente que melhor potencia a génese do Lusitano. Desafio desde já que me indiquem um povo melhor do que nós para ser accionista de longo prazo de Chineses e Angolanos ao mesmo tempo.
3. Ser um parceiro privilegiado da China pode ser excelente para potenciar as nossas exportações. Para quem ainda não percebeu o nosso bem-estar futuro vai depender da performance do nosso sector exportador.
Claro que para além destes três pontos temos o interesse em ver Sines como a porta de entrada privilegiada dos produtos Chineses na Europa. Isso pode, e em muito, desenvolver toda uma cadeia de operações logísticas.
Espero que os Portugueses não tomem estas operações como ameaças, antes as tomem como oportunidades. Não voltemos as costas à nossa vocação global, antes potenciemo-la.
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