quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Produtividades

QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2011

Seria muito bom que os Portugueses pudessem provar o verdadeiro sabor do que é ser premiado por se ter uma produtividade superior ou por se querer trabalhar mais tempo. O dia em que esse petisco fosse dado a provar veríamos os partidos de esquerda diminuírem a sua implementação e o PS e o PSD reduzirem-se a uns 50% conjuntamente. E Portugal descolaria economicamente ao tornar-se globalmente mais produtivo.

Há dois tipos de Portugueses. Os rápidos, trabalhadores, desenrascados, esforçados e zelosos. E depois há os que não querem trabalhar, lentos, enrascados, mandriões e aldrabões. A divisão não é tão preto e branco, mas para efeitos de simplificação podemos partir desta permissa.

Criámos uma sociedade com demasiados pesos mortos onde uma já grande parte é levada ao colo pela outra. Para piorar o cenário, o grupo dos que carregam não opera num sistema onde existam suficientes mecanismos de diferenciação positiva. Assim, o melhor e o que está disposto a correr mais não vê o produto do seu trabalho ser recompensado.

Há ainda um outro aspecto. É que existem muitos do grupo virtuoso que fazem coisas que não são necessárias devido a pertencerem a organizações que pura e simplesmente não deveriam de existir. Ou então pertencem a uma organização que é necessária mas onde os processos levados a cabo para a prossecução da sua missão são demasiado ineficientes.

Todo este conjunto faz com que aquele Português que quer trabalhar mais e/ou é mais produtivo e que trabalha numa organização muito produtiva, se sinta bastante prejudicado quando olha para o rendimento do seu trabalho. Por isso quando ele emigra encontra-se nas sete quintas, pois nos países de acolhimento a discriminação positiva é muito mais acentuada.

Temos que urgentemente tratar do mecanismo da diferenciação positiva. Não só por uma questão económica individual e colectiva, mas também por uma questão de ética.

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