QUARTA-FEIRA, 30 DE DEZEMBRO DE 2009
Segundo o Jornal de negócios
"Crédito à habitação em Portugal é o mais barato da Europa (Económico) Nas vésperas de terminar o ano de 2009, é chegada a altura de as famílias portuguesas com crédito à habitação pegarem na calculadora. E nem tudo é negativo. Por um lado, as descidas sucessivas da taxa de juro directora do Banco Central Europeu (BCE), tal como a rota descendente das Euribor, permitiram-lhes poupar na prestação da casa. Por outro, a verdade é que os bancos confessam que apertaram os critérios de concessão de empréstimos, aumentando os ‘spreads' e encurtando os prazos dos créditos. No entanto, dados do BCE mostram que os juros cobrados pelas instituições bancárias nacionais nos empréstimos à habitação estão muito abaixo da média da Zona Euro. E ainda mais positivo, para as famílias portuguesas, é o facto de em Outubro - últimos dados disponibilizados pela autoridade monetária - as taxas de juro médias praticadas em Portugal serem mesmo as mais baixas da Zona Euro."
Desejo sinceramente que a nossa banca consiga gerir bem esta situação. Financiar-se agora no estrangeiro a spreads de 1,5% (e não duvido que irá crescer o spread a que os bancos se financiam) e ter contratos com clientes de crédito à habitação para 20 e 30 anos ao preço de 0,5% (spread), significa prejuizo. Como já disse não desejo bancos com prejuizos. A todos os bancos desejo que lhes corram bem as operações em Angola, local onde se internacionalizaram. Que os lucros de lá cubram parte dos prejuizos de cá do segmento do crédito à habitação (cerca de 40% do volume de negócios). Quem tem uma empresa e pede dinheiro à banca, então já sabe, pagará cada vez mais de modo a compensar o prejuizo do crédito à habitação. Como muitas vezes tem sido referenciado, quem produz é penalizado e quem consome é beneficiado.
Quem tem spreads para o crédito à habitação de 0,5% a 1% bem pode dizer que fez o negócio da vida.
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