SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2010
http://www.publico.pt/Sociedade/crise-familias-cortam-sobretudo-no-supermercado-e-na-farmacia_1441682
Numa das minhas soluções para Portugal falei da necessidade urgente de transportes públicos, até por motivos económicos. O artigo do público é elucidativo. Não hajam dúvidas que o devido tratamento da questão dos transportes públicos será uma ajuda económica enorme para um grande número de famílias portuguesas. O contador económico corre desfavoravelmente. O PIB não cresce nem vai crescer, há muita dívida pública e privada para pagar nos próximos 30 anos, tirar aos ricos para dar aos pobres nunca funcionou, sem contar que hoje os ricos têm à sua mercê muito mais opções de fugir a tempo. Meus amigos, a solução mesmo está em tratarmos dos custos de uma forma eficiente. E poder cortar num carro numa família Portuguesa pode significar uma poupança de 150 euros / mês (sim, já contando com a compra de um passe social). E 150 euros é muito dinheiro para uma família Portuguesa.
Com toda a franqueza, tenho naúseas quando oiço falar em TGV e NAL. Melhorar gradualmente a rede de transportes públicos é a solução. Não dá nas vistas como o TGV ou o NAL, mas como não somos ricos não vale a pena pretendermos ser "novos ricos". E não nos esqueçamos que tirar da mesa para pôr para o luxo nunca fez, não faz, nem nunca fará muito sentido.
Portugal, precisamos de transportes públicos para a D. Conceição ir ao médico, para o Sr. João ir buscar o (doravante) único neto ao colégio, para o Luisinho ir levar a namorada a casa, para o Dra. Vanessa Araújo vir do consultório de advogados e o enfermeiro Paulo ir para o hospital (à vinda a mulher já o pode apanhar com o carro da família). E já agora também para ajudar o nosso pobre Carlos Pires (lembram-se dele?), pois as coisas vão começar a correr mal. Pois é, em 2050 seremos todos velhinhos a precisar de andar de transporte público de um lado para o outro a queixar-mo-nos de que só recebemos 50% da reforma que pensávamos ter.
A pergunta é: queremos transportes públicos para todos os dias, ou viajar no TGV um dia com um bilhete gratuito oferecido pelo Engº Júlio Vara, futuro ministro dos transportes no ano de 2052, neto do conhecido Armando Vara, personagem sagaz, e cheio de "escola" familiar, e a quem um rasgo como aqueles que assolam estes "escolares", se lembrou um dia que "calharia bem" em frente à televisão fazer um vistaço em distribuir uma ida e volta a Madrid a uma centena de idosos.
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