quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bicicletas

SEXTA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2010

Para quando a banalização do uso da bicicleta em Portugal? Num país de baixos rendimentos sempre achei estranho o ostracismo a que o uso da bicicleta tem sido votado. Sei que a geografia do terreno determina as possibilidades, o que inviabiliza, por exemplo, o seu uso numa parte de Lisboa ou Porto. Mas existem muitas mais zonas planas ou de pequeno declive onde o seu uso é possível de ser feito.

Espero que o culto do automóvel vá perdendo fulgor, e que a par da melhoria dos transportes públicos se criem inúmeras estruturas para viabilizar o uso da bicicleta. A carteira de muitos Portugueses agradeceria. E já agora a saúde também.

Sei que a cultura tolda muitas opções na vida. O uso do meio de transporte não foge à regra, e infelizmente evoluímos nos últimos 20 anos numa direcção pouco condizente com as nossas possibilidades. Outros países bem mais abonados financeiramente usam e abusam da bicicleta, seja o frick de barbicha, piercing e tatuagem, seja o cidadão vestido de fato e gravata com ar de executivo. Tudo anda de bicicleta e não sobra espaço para categorizações classicistas.

Há um ponto que é fundamental. A criação de estruturas que permitam o seu uso. Mas atenção, nem sempre. Por vezes bastam umas marcas no chão. Contratemos uns holandeses para o efeito e teríamos grandes surpresas em Lisboa. Será que já alguém pensou que isso pode dar muitos votos em Lisboa, Porto e muitas outras localidades?

Vivi em Faro e faz-me confusão como não se pensou na banalização da bicicleta. A cidade é quase toda plana. Vivo agora em Antuérpia, que é pouco maior que Faro, e onde a população tem, seguramente, um nível económico bem superior ao dos Farenses. E a bicicleta é um meio comum de transporte. Dá que pensar.

Portugueses, toca a dar ao pedal.

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