SÁBADO, 23 DE JANEIRO DE 2010
Segundo Manuel Laranjeira
"Em Portugal, só uma parte mínima do esforço empregado redunda em trabalho utilizado. O resto é integralmente esforço desperdiçado. Como querem, pois, que haja amor ao trabalho, se o produto do trabalho representa uma insignificância que não valoriza senão uma parte mínima do esforço feito?"
É confrangedor como isto é verdade nas nossas organizações. Por isso somos mais pobres quando comparados com aqueles cujo nível de vida pretendemos atingir. Enquanto não interiorizarmos que se cuidarmos deste aspecto nas nossas organizações temos uma elevada probabilidade de ter brinde na conta bancária, tenderemos sempre a dizer que temos menos por causa disto e daquilo. A economia vale pelo valor produzido pelas organizações que a compõem. Desde há muito sempre pensámos que "íamos lá" ou pela liquidação dos ricos, ou pela entrada na CEE, ou pela acumulação de dívida, ou porque simplesmente nos prometiam que "íamos lá" por decreto oficial. Nada disto é verdade. Nós só "vamos lá" se nos organizarmos, dosearmos, e orientarmos o nosso esforço para algo que tenha valor. E o que tem valor é aquilo que os outros, livremente, estão dispostos a pagar por aquilo que produzimos. Por isso uns se andam a dar bem com a Globalização e outros não. Isto não é complicado, tem só que ser interiorizado.
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