quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A má supervisão sai caríssima

Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009
"Desvio no BPN elevou-se a dez vezes o custo da Ponte Vasco da Gama

(25-11-2009 9:39:00)

Oliveira e Costa e os ex-administradores do BPN Luís Caprichoso e Francisco Sanches são acusados pelo Ministério Público de terem criado um buraco de 9,7 mil milhões de euros em operações fora da contabilidade do Banco Insular (BI).

O valor, que representa quase dez vezes o custo inicial da Ponte Vasco da Gama, é avançado pelo “Correio da Manhã” com base no despacho de acusação divulgado entregue ao antigo presidente do BPN, Oliveira e Costa, que está agora em prisão domiciliária.

O Ministério Público abriu, pelo menos, quatro novos inquéritos relacionados com as irregularidades cometidas no Banco Português de Negócios."

Fonte: Bigonline

Num país com 10,6 milhões de pessoas e com meia dúzia de bancos tem que ser fácil detectar fraudes desta dimensão. Mais difícil será em países com muitos mais bancos e com 300 milhões (EUA) ou 1.300 milhões (China e Índia). Aí pode-se afigurar mais difícil supervisionar. Agora nesta “quintarola” onde todos se conhecem, onde tudo está à mão, onde se alguém espirra todos o sabem, é difícil de aceitar que não era possível detectar uma fraude desta dimensão, ou que era difícil, ou que o esquema estava muito bem feitinho, etc.

A supervisão financeira pela sua natureza não se deve regular por critérios de amizade e convivência agradável entre supervisor e supervisado. O custo de uma falha pode ser de tal forma grande que mais vale pecar na supervisão por excesso de zelo e desconfiança do que o seu contrário. Mas como somos um país de “gaijos” porreiros onde ninguém é responsabilizado por nada...

No entretanto aconselha-se a que o supervisor vá tomando mais cuidado com o que diz publicamente sobre impostos. O que se passou nos últimos dias só reforça a sua debilidade.

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