quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O novo versus antigo

QUARTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2010

Vista exterior do Museu de Antuérpia

Antuérpia é uma cidade que oferece múltiplos encantos. Um deles é a facilidade com que combina o antigo com o moderno em matéria de arquitectura. O que em Portugal serve de capa à proliferação do horror, nesta terra aparece como uma bandeira de como encarar a vida.

Na companhia de uns amigos belgas, estes comentaram que é raro crianças com 9 anos andarem a brincar com gadgets de última geração. Parece que o gosto do que não deveria mudar tanto quanto isso, como a relação pessoal e proximidade física, faz parte da estrutura educacional belga. Também o estudo de Latim é comum como modo de promover a elasticidade do cérebro, aliás, à semelhança da matemática. Ou seja, parece que o que é antigo não os assusta, e o "moderno", essa coqueluche dos parolos, é aceite com naturalidade e não como uma imposição decorrente de questões de afirmação.

Sem ser versado nestas matérias, e na visão de um leigo, considero ser possível conciliar o antigo com o moderno. Por exemplo, acredito piamente que o estudo adequado da arquitectura viabilize o casamento do antigo com o moderno. Acredito que uma sociedade possa crescer e evoluir numa saudável simbiose entre o que não se pode perder (o antigo) e o que se tem de ganhar (o moderno). O antagonismo que nos querem vender em prol de uma certa "modernidade" é veiculado por aqueles que não percebem nem o antigo, nem o moderno. São os experts da vacuidade vestida de "moderno", e isso sei eu que é pernicioso estar ao serviço da sociedade.

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