quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Portugal, fotografia (1)

Terça-feira, 10 de Novembro de 2009

Portugal, o teu drama é a tua falta de produtividade. Que coisa essa Portugal o teres pouca afeição para o mundo do trabalho. Tu até és trabalhador, só que combinas mal o esforço em modelos organizacionais. Parece que o conceito de organização te assusta, que o resultado combinado dos recursos te perde, que a máquina te desorienta, que a hierarquia te transtorna, que a missão da organização choca com os teus objectivos pessoais, que o associativismo não te serve. Cada um quer ter a sua quinta, a sua zona de conforto.

Portugal, tudo isso te faz perder em esforços inglórios e em guerras vãs. Uma autêntica balbúrdia paroquial, jogos que para ti são tudo mas que nada valem, pelo contrário, subtraem.

Portugal, de um modo pragmático e redutor, o mundo do trabalho é uma coisa que existe fora das nossas casas e significa que é onde vamos buscar o máximo possível que satisfaça as necessidades da nossa casa. Como tal temos que nos nortear por critérios objectivos de performance, lembrando-nos sempre que o próximo é uma fonte de oportunidade fantástica e não um inimigo terrível. Assim, as relações a manter deverão ser o que na Teoria dos Jogos se lembraram de chamar “relações de soma positiva”. As relações de “soma nula” e “soma negativa” só nos prejudicam pois fazem-nos levar menos recursos para a nossa casa.

Portugal, quando entenderes, interiorizares, e aplicares bem esta lógica ganhas mais dinheiro. Até lá queixar-te-ás, o que pode consolar mas não resolve.

P.S. Terrível pensar que há pessoas que têm valor económico negativo, ou seja, que a sua simples extracção da organização onde se inserem fará, só por si, que a mesma organização funcione melhor.

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