quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Portugal, fotografia (2)

Quarta-feira, 11 de Novembro de 2009


Portugal, tu não discriminas positivamente o mais produtivo do menos produtivo. Tens um especial horror em ver alguém fugir do pelotão. Vês logo alguém que se destaca como um alvo a abater, não como exemplo a seguir. Fazes literalmente o que se chama ”nivelamento por baixo”. Portugal, isto é ter constantemente o pé no travão.

Portugal, o mais produtivo tem que ter oportunidade de ser recompensado na proporção da sua produtividade. Só assim há verdadeiro estímulo na melhoria constante da nossa perfomance. O sinal a ser passado ao próximo é que pode lá chegar se tiver boa perfomance. E se existe preocupação sobre os estados de alma do menos produtivo ao ver o mais produtivo fugir-lhe no caso de discriminação positiva, então pensa também no estado de alma do mais produtivo ao ver-se eternamente colado ao menos produtivo.

Portugal, até ao nível fiscal és assim. Com facilidade castigas de imediato aquele que estudou e que, por norma, ganha mais. Quem ganhe a partir de 5.000 eur/mês é já considerado rico ao passar a ser taxado a 40%. Mas pior que isso, já taxas a 34% quem aufira mais do que 1.485eur/mês.

Portugal, as pessoas precisam de estímulo para se transcender, precisam de limites largos. Querem que lhes tirem os empecilhos da frente, querem que os aplaudam pelos sucessos e que lhes dediquem prémios. As pessoas devem ganhar mais dinheiro como resultado do seu rendimento no trabalho, e não por bondade, direito adquirido, simpatia ou favor.

Portugal, usa e abusa da discriminação positiva sobre o mais produtivo. Faz com que os piores queiram copiar os melhores, e não que estes se nivelem por aqueles. Geras mais riqueza e dás um pontapé nessa chaga nacional que se chama Inveja.

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