quarta-feira, 26 de outubro de 2011

É incontornável

QUINTA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2010

A questão da dívida pública e privada é incontornável. Será bom tomarmos em muito boa conta o que os nossos credores pensam sobre nós. Claro que para quem deve dinheiro tudo serve como desculpa para adiar o modus vivendi resultante de uma vida desregrada. Sim, as agências financeiras são isto e aquilo. Sim, as agências financeiras não previram a crise financeira. Sim, temos imensos direitos. Sim, tenho direito a casa e a um nível mínimo de vida. Sim, saúde grátis para todos. Muitos sins, infinitos sins. Mas há também algo a que temos que dizer sempre sim, quer na palavra, quer na acção: pagamento das facturas. Mas há mais. Há que perceber que a partir de um determinado ponto os credores começam a equacionar se a acção pode dar sequência à palavra. Todos sabemos que pode existir “vontade política” e “impossibilidade técnica”.

Actualmente é neste ponto que se encontra a Grécia. Futuramente é o ponto em que Portugal se vai encontrar se nada for feito (lá para 2014). E que não haja ilusões que tamanha tarefa se faz com Sócrates e Passos Coelhos. O jogo não está para meninos e os protagonistas de hoje foram moldados para a facilidade, não para a adversidade.

Como diz o povo “a coisa vai fiar muito fininho”.

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