quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Escutemos a natureza

Sábado, 14 de Novembro de 2009


Esta pretensão nauseabunda do casamento entre homossexuais revela a irrealidade em que hoje em dia os políticos se movimentam. O tema só por si não vale um caracol pelo critério dos potenciais casos em questão. No entanto vai animando muitas forças políticas cá do burgo, mais preocupadas com o acessório do que com os reais problemas do país.

A natureza, que nestas matérias deveria servir de referencial (nomeadamente para aqueles mais afastados de referenciais religiosos), também não vai sendo auscultada. E a natureza, na sua sapiência natural, vai dizendo que nisto de uniões a fórmula é mesmo homem e mulher, ou seja, sexos distintos. E com o intuito todo ele de procriação e consequente perpetuação da espécie. Isto é assim desde há muito, muito tempo.

Com o andar do milénios, a espécie, já menos acossada pelos perigos naturais a que constantemente se via ameaçada (devia ser bem terrível e assustador lá para os primórdios), tomou-lhe o gosto de assentar, criando aldeias e com isso adquiriu uma convivência bem mais regular do que até aí vinha experimentando. Nestes novos cenários de convivência comunal, a espécie lá foi solidificando os laços de união entre os seus, nomeadamente os laços que uniam os seus constituintes naquilo que os faziam vingar na sua perpetuação.

Muito contentes com isso, os diferentes povos espalhados por esta Terra fora lá iam todos contentes, e à sua maneira, celebrando estas uniões. E, independentemente, do local da Terra ou das disposições religiosas de cada povo, todos tinham em comum dois aspectos: a união ser feita entre homem e mulher, e a procriação estar associada à união (pelo menos no que toca à vontade).

Agora cá pelo Ocidente, local onde mora a afluência e onde se anda meio sem rumo afogado pela mesma, surgem umas ideias pitorescas sobre as uniões entre humanos. Mergulhados numa sociedade aberta como nunca se vira, alguns humanos vão assumindo relações entre o mesmo sexo, relações que, não sendo novas, o vão sendo na forma como são assumidas.

A sociedade, meio chocada com este novo fenómeno, contra-natura de facto por não viabilizar por si a perpetuação da espécie, esse móbil natural de qualquer espécie, vê-se impingida com um tema que não é o seu, e que denigre e perverte a base de uma instituição por si criada: o casamento.

Ora se o casamento, instituição criada pelo ser humano, teve milenarmente sempre as características de ser formalizado entre homem e mulher e de procurar a procriação entre ambos, porque há-se ser violada nos seus fundamentos? Esta é a questão que os homens gentis e de visão simples, que é como quem diz, os puros e despidos de preconceitos, colocam entre si.

As respostas e argumentos dos defensores deste absurdo revelam toda a fraqueza intelectual por detrás deste movimento. Quando o argumento é seguir a via da modernidade (o “chique a valer” no séc.XIX, no entender de Dâmaso Salcede), dos mesmos direitos para todos, etc., vê-se bem a quem andamos entregues.
Por favor, escutemos ao menos a natureza

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