quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A Família é um legado incontornável

SÁBADO, 13 DE FEVEREIRO DE 2010

O processo de envelhecimento da população é cada vez menos uma matéria do domínio dos livros e estudos e começa a entrar pelos nossos olhos dentro. Tenho reparado nos últimos tempos que existem poucas crianças na rua, e que se vai vendo cada vez mais pessoas mais velhas. Isto da taxa de fecundidade de 1,3 desde há uns anos começa a ser visível.

Nos dias de hoje quando se vê um casal a passear com 4 filhos fica tudo a olhar e a comentar (ainda no fim de semana passado o fiz). Ter um filho é “normal”, ter dois filhos é um passo em frente, muito provavelmente ditado por muita racionalidade, talvez até o resultado de um processo de consolidação familiar. Ter três filhos significa que algo se passará e que o planeamento familiar pode estar a falhar. Ter quatro ou mais filhos resultará de pessoas que não sabem bem o que fazer neste mundo que se quer “moderno”.

Sinto que a sociedade evoluiu num sentido onde a constituição de família não era uma prioridade. Talvez por ditames de um consumismo desmedido ou demasiados estímulos ao jeito do “vive o momento” ou “relações fortes”. Não que estes estímulos sejam perversos, mas duvido que sejam virtuosos se a sua prática inviabilizar a construção de “relações duradouras” e “viver a eternidade”. A enorme crise que vivemos, que não me cansarei de repetir, vai ainda no adro, reflecte uma certa forma de opção de vida em sociedade. Uma vida fora dos padrões de equilíbrio familiar e dos padrões de vida comunitária.

Sinto que iremos encontrar de novo no seio da Família o conforto e a energia para ultrapassarmos os difíceis momentos que vivemos e viveremos. Não necessariamente dificuldades do foro económico. Antes dificuldades próprias de quem entra numa nova era com todos os receios resultantes de uma realidade nova ainda mal descortinada, tão pouco assimilável. Os ataques de que hoje a Família vai sendo alvo são os últimos cartuchos de uma era que já acabou e emanados pelo pior que essa era produziu. Só não vê quem não quer.

A Família é um legado incontornável e a célula central da vida em sociedade. Quer o queiramos ou não.

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