quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não acham?

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2010

Adoro andar na rua e sentir o pulsar de uma comunidade. Tenho viajado um pouco pela Europa e experimentado viver em diversas vilas e cidades. Por todas faço questão de andar aleatoriamente pelas ruas e avenidas e ir simplesmente olhando para as pessoas e grupos.

Este exercício não é tão praticado quando estou na minha amada Lusitânia. Como Português eu faço parte da acção que decorre na rua. Já pouco há de novo que me possa surpreender. Mas recentemente tenho observado que há algo de profundamente diferente em Portugal. Não sei se a identificação veio das estatísticas ou se a observação foi ter com as mesmas. Mas o facto é que hoje vejo poucos bebés e crianças na rua. Falo pela experiência de fim-de-semana, que até é quando é expectável ver famílias a passear. Concluo que a taxa de fecundidade de 1,33 que se tem verificado nos últimos anos está de facto a marcar a sociedade. E se hoje a vai marcando visualmente daqui a 20 ou 30 anos vai claramente marcar-nos noutros aspectos. Que não haja a mínima dúvida sobre isso.

Sempre me fez confusão ver imagens de zonas pobres atulhadas de crianças a viverem em plena miséria. Mas também me anda a fazer confusão algumas parcelas da sociedade mais folgadas economicamente não procriarem em conformidade (terem 3, 4 ou mesmo 5 filhos). Um filho parece ser a bitola. Respeito as opções, mas gostaria que a bitola fosse outra.

Quero somente dizer que gosto de ver famílias na rua com muitos filhos e que sinto que isso não se verifique com frequência. É extraordinariamente bonito ver uma família a passear na rua. Não acham?

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