QUINTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2010
Decorrente da solução (1), a tua próxima solução é o congelamento imediato dos salários da função pública e acabares, se constitucionalmente possível, com esse absurdo e louco sistema de progressões automáticas. Estas progressões são uma brincadeira tonta que só pode ter sido introduzida por alguém que se devia ter dedicado a outra profissão que não a política. Este congelamento deverá ser válido até teres um superávit acumulado de 20% sobre o PIB no espaço de 5 anos consecutivos. Desta forma, os teus funcionários públicos farão uma aterragem adicional ao planeta Terra e terão algum estímulo para reverem a sua atitude no trabalho (quando aplicável, obviamente). Lembro-te que este grupo populacional vive, na sua maioria, no mundo dos desenhos animados. Por isso, já é altura de começarem a ver filmes, nomeadamente aqueles sobre a realidade.
Mas Portugal é claro que existe a questão dos mais produtivos entre os funcionários públicos. Serão certamente aqueles que estão dispostos a jogar o jogo pelo jogo e dispostos a seguirem as regras da concorrência e dos modelos mais competitivos. Sim, esses têm que ser premiados. Por isso uma componente variável terá que entrar em vigor de forma efectiva. Isto de se combinar com antecedência que corta tudo a meta ao mesmo tempo é uma grande batota.
Portugal é impossível dissociar a falta de produtividade da maioria do sector público com os impostos e dívida que os financiam. Neste mundo já não é mais possível pensar-se que se pode garantir um mesmo rendimento e sujeito a aumentos anuais garantidos quer produzamos 50, 60, 100 ou 200. Isto é inviável, e não vale o discurso do coitadinho, pois isso mais não é do que dar o flanco aos improdutivos, empatas, calões, e também aos que querem viver, descaradamente ou não, à conta dos outros. Por este critério da produtividade será até provável que alguns funcionários públicos possam ser aumentados. Mas sempre com atenção redobrada sobre os níveis de produtividade alcançados.
A todos os funcionários públicos lembrarei o seguinte. Se não gostam desta medida, podem sempre elaborar o seu Curriculum Vitae e começar a procurar outro trabalho. Isto é o que todos os outros trabalhadores fazem se não estão contentes. Ou pelo menos é o que é sensato fazer. Se não o fizerem é porque não estão assim tão mal onde estão, quanto mais não seja porque não se esforçam, ou não querem, ter melhor. Nestes casos responsabilizem-se a si e às suas decisões passadas e não rezinguem por aí. Se um governo vos passar estas mensagens acordarão de vez e podem agradecer ao Estado o facto de vos acabar por trazer a este mundo. Aquele onde vivem parece que existe, mas na realidade não existe. Ao contrário do que se diz para aí, a percepção não é a realidade.
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