quinta-feira, 27 de outubro de 2011

É preciso emitir sinais

SEGUNDA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2011


Sejam quais forem as medidas a tomar por qualquer governo para enfrentar esta crise, essas medidas têm que obrigatoriamente carregar consigo um conjunto de sinais que façam com que o sucesso das mesmas vá para além da sua incidência técnica (no caso presente económico / financeira).

Os Portugueses precisam de sinais para entenderem o que se passa e que algo está em andamento para resolver o seu problema. Sem isso sentir-se-ão desnorteados e sem rumo. Se lhes for explicada a situação do País, se lhes for dito o porquê de cada medida, ainda que quase todas elas negativas para o seu dia-a-dia no curto prazo, então os Portugueses tentar-se-ão por seguir esses de quem a sinceridade acompanha.

Segundo a cartilha em vigor o segredo do sucesso reside na arte de ludibriar o povo e de dourar a pílula. De facto a verdade e a sinceridade são sempre preteridas em favor da ilusão e da mentira, nomeadamente quando se vivem períodos de falsas facilidades como foram os últimos 25 anos. Os tempos mudaram bastante, não porque a realidade mudou. Ela sempre esteve lá. O que mudou foi a forma como a vemos e a consequente diferente interpretação da mesma. Por estes dias atravessamos uma espécie de limbo entre a maneira como víamos o passado e a forma como vamos ter que ver o futuro. Por isso os Portugueses estão não só confusos, mas acima de tudo renitentes em aceitar a nova forma de ver a sua realidade.

Aos políticos só lhes falta perceber isso e actuar em conformidade. A tarefa do futuro político de sucesso nem se apresenta tão difícil se ele for o primeiro a aperceber-se disso e a actuar em conformidade. Portugal precisa disso.

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