quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Portugal solução (14)

DOMINGO, 6 DE FEVEREIRO DE 2011

Portugal, porque é que pagas uma miséria de ordenados aos teus principais representantes? Explica bem como é que o teu principal executivo, o Primeiro-ministro, ganha uns 5000 ou 7000 euros por mês. Portugal, isso não é normal. O Primeiro-ministro tem que ganhar, no mínimo, uns 20000 euros por mês. Achas que consegues convencer o melhor que Portugal tem a pagar esses montantes? Depois não te queixes de te aparecerem as amostras que tanto te apoquentam. Essa gente descobriu a “fórmula” do seu sucesso que mais não é do que “andar” pelo partido, ganhar uns tostões enquanto ministro ou secretário de estado, e depois fazer o salto à Vara. O deserto nos cargos governativos é como que o passe para o El Dourado.

Portugal, leva isto a sério. Os melhores são bem pagos neste mundo globalizado. A probabilidade de conseguires um conjunto de cavaleiros brancos que te vão salvar ao preço da uva é demasiado reduzida. Por isso trata de pagares em conformidade. E digo-te que o valor que avancei até é parcimonioso. Eu sei que a berraria de rua dirá que é de cima que tem que vir o exemplo. Não posso estar mais de acordo. Por isso proponho pagares bem aos governantes para que as coisas saiam barato aos governados. Refiro-me à produtividade, obviamente. Os erros dos incompetentes que te governam andam a sair caríssimos ao povo. 20000 Euros por mês pagos a cada político competente são uma autêntica bagatela. Aliás, tu até tens um ditado que define a situação: “o barato sai caro”. Toma cuidado com quem diz o contrário, ou é do clube dos do salto à Vara, ou então é do clube que sabe que nunca há-se ser poder e toma o uso da palavra para desbobinar sobre estados de alma primários servindo-se da voz que o voto lhe conferiu para livremente dizer disparates.

Portugal, o jogo doravante é a doer. Disto já te apercebeste. Eu sei que sentes que o que te digo é verdade, mas ainda estás muito atordoado pela dimensão do engano e pela falácia enganadora do discurso mole e encoberto pela frase verdadeira “o exemplo vem de cima”. Por isso estás periclitante. Não vaciles e trata de decidir com discernimento. Arranja meia dúzia de pessoas que te governem e paga-lhes bem de maneira a que o exemplo passe a vir de cima. Se no século XXI não tiveres disposto a pagar-lhes bem ficas entregue à bicharada. O resultado está à vista.

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